A
banda ainda está saindo das fraldas, mas já lançou um EP e um ‘debut‘ de
respeito. Entre um dos integrantes, o vocalista Nachtgarm, que passou pela Dark
Funeral. Ou seja, tem músico gabaritado e, como já deve ser esperado, a King
Fear manda ver no Black Metal, que vai pra um lado mais cadenciado, mas não
menos impiedoso. Em 2013, soltaram o empolgante “Frostbite“ (ler resenha aqui),
lançado no Brasil via Shinigami Records, gravadora que, por sua vez, foi
responsável pelo intermédio da entrevista com guitarrista/baixista Mål Dæth.
Como ele mesmo disse ao final, “longa vida ao King“!
O que pode dizer sobre o ‘feedback‘ do ‘debut‘ “Frostbite“? O CD foi
lançado no Brasil via Shinigami Records. Vocês tiveram algum feedback daqui?
Mål: Você está certo, o
álbum foi lançado pela Shinigami Records. O retorno que tivemos desde que o
disco saiu tem sido realmente bom. O Brasil é um país de Metal e as pessoa
sparecem gostar de nós aí.
Antes de vocês gravarem “Frostbite“ (2013), gravaram o EP “King Fear“
(2012) e então os integrantes se separaram. Como foi a reunião para a gravação
do ‘debut‘? A King Fear é um projeto ou uma banda hoje em dia?
Mål: Para nós, nunca houve
uma reunião. Nós nunca nos separamos ou algo do tipo. O que você precisa ter em
mente é que Nachtgarm estava em turnê com o Dark Funeral logo após o lançamento
do EP. Naquele período, era difícil manter as atividades (da King Fear), mas
nunca quisemos acabar com a banda. Começamos como um projeto e agora vemos que
a King Fear é uma banda.
A propósito, apenas curiosidade: quem gravou
a bateria no EP? Ou foi uma bateria programada?
Mål: Já tinha sido BonneIn.
Naquela época, trabalhamos com dois integrantes, do início das gravações de
“Frostbite“, e então, ele passou a ser membro efetivo.
Como foi a concepção de “Frostbite“? “Inspirado na história do
montanhismo, a King Fear criou um álbum
conceitual baseado na ‘conquista do inútil‘ - desejo possessivo da humanidade
de alcançar os mais altos picos das montanhas“. Essa é a descrição da sua
página no Facebook. Poderia falar um pouco mais sobre isso?
Mål: “Você está certo, o
álbum é sobre isso... as montanhas e lendas sobre elas. Para nós, é realmente
importante procurar pela verdadera escuridão e nós a encontramos nessas
histórias. Imagine estar na assim chamada 'DeathZone', a região com mais 8000
metros. Não há vida. Este é um inferno na Terra.
O encarte do CD é bonito e clean.
Obviamente que refere-se ao conceito do álbum. Como foi seu desenvolvimento?
Mål: Obrigado! Gosto muito
dele. As fotos foram tiradas por um amigo, em Spitzbergen. No minuto em que eu
as vi, soube que precisaria delas para nosso disco. O resto da arte gráfica foi
feita por Hiko, um artista incrível, de nossa cidade Hamburgo. Ele ouviu as
músicas e se inspirou no clima imediatamente.
Você
gravou as cordas. Quem toca baixo (ou guitarra) ao vivo?
Mål: A King Fear não toca ao
vivo por enquanto. Então, não pensamos nisso.
A King Fear é uma banda de Black
Metal “com um tapa de Black’ n’ Roll“. Você sente algum preconceito por parte
de fãs de raw Black Metal?
Mål: Sempre há pessoas que
podem nos odiar, mas realmente não nos importamos. Como disse uma vez Gaahl, da
God Seed, ‘a humanidade é conhecida por ser intolerante'... Por que com a cena Black
Metal seria diferente?
Nachtgarm cantou na Dark Funeral
em 2011/2012. Diferentemente da King Fear, eles são velozes quase o tempo todo.
Sobre isso, como foi sua adaptação à Dark Funeral e, mais tarde, “de volta“ à
King Fear?
Mål: Nachtagrm é um dos
melhores vocalistas por aí. Ele não se limita à velocidade ou a um certo
estilo. Para a King Fear, ele sempre tentou converger todas as suas habilidades
às canções, e acho que ele atingiu o objetivo como nenhum outro vocalista
conseguiria. Às vezes é mais complicado tocar lento do que rápido porque a
emoção ganha mais importância. Para Nachtagrm, no entanto, velocidade não é
problema.
A King
Fear é da Alemanha. Bem, conhecemos algumas bandas extremas daí, como Kreator,
Sodom, Destruction etc (ok, não são bandas de Black Metal) – e pessoalmente,
conheço a Kaapora, de Death Metal, que conta com um integrante brasileiro. Mas
o que você poderia dizer sobre mais bandas underground? Como é a cena na
Alemanha?
Mål: A cena alemã é
realmente boa. Você deveria ouvir Negator, outra banda de Nachtagrm. Também dar
uma sacada na Harasai, uma ótima banda de Thrash Metal, que fazem parte do cast
de nossa gravadora, aqui. Há também a Bullbar, um projeto que tive há alguns
anos com dezesseis diferentes vocalistas da cena underground alemã.
Agradeço
demais a entrevista! Parabéns pelo álbum! Por favor, deixe uma mensagem para os
fãs brasileiros.
Mål: Obrigado pelo grande
apoio! Longa vida ao rei.
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